CLIMATOLOGIA
A CLIMATOLOGIA é
um ramo das Ciências naturais que é estudado tanto pela geografia, quanto pela
meteorologia. Nos ensinos fundamental e médio (Brasil), é estudada nas matérias
de Ciências, Física e Geografia. No tempo histórico, os primeiros estudos foram
feitos por viajantes europeus - sendo Sant'Anna de Neto o mais lembrado - rumo
à América, e consequentemente ao Brasil, com as seguintes preocupações: vinda
da coroa portuguesa para o Brasil, preocupações com saúde pública por problemas
causados pela umidade excessiva e pela altíssima temperatura, se comparada aos
padrões europeus.
Clima é o nome que se dá às condições atmosféricas que
costumam ocorrer num determinado lugar.
Os primeiros estudos tiveram como foco a distribuição
geográfica dos elementos meteorológicos, levando-se em conta sua variabilidade
temporal. Tinham a intenção de explicar regimes climáticos regionais. Nos anos
60, foi dado um enfoque mais dinâmico nas relações com o espaço, protagonizado
por Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro e Edmom Nimer, na leitura de Max
Sorre (1935).
A análise dos episódios climatológicos é fundamento básico
da climatologia geográfica e tenta explicar os processos naturais que causam
influência nas ocupações humanas.
Tempo e clima são popularmente considerados a mesma coisa,
mas na verdade, possuem diferenças importantes para a Climatologia. O tempo
pode ser cronológico e meteorológico, podendo o primeiro ser observado a partir
do espaço geográfico e o segundo, momentâneo, dependendo da atmosfera de
determinado local.
Clima é uma noção criada pelo homem, formada por informações
coletadas a partir das noções de clima. Pode ser compreendido a partir de
noções matemáticas e numéricas, ou a partir de informações qualitativas, de
natureza mais descritiva. Os dois focos de estudo pressupõem uma sucessão de
tipos de tempo.
É importante o estudo dos diferentes fluxos de energia:
horizontal e vertical. O vertical reflete diretamente os resultados da radiação
solar, tendo essa, influência direta sobre os fluxos de energia horizontal:
massas de ar, frentes quentes e frias, centros de ação.
A radiação solar determina todo o sistema, podendo ser
analisado pelos seus elementos: temperatura, pressão e umidade, tendo grande
influência sobre as características biogeográficas, fenômenos geomorfológicos,
hidrológicos etc.
Os estudos climáticos estão atraindo muito mais a atenção da
população em geral, sendo divulgados largamente pelos meios de comunicação de
massa. Também têm tido atenção em estudos dirigidos e gestões de políticas
ambientais. Devem estar atentos ao problema da água, contaminação,
desmatamento, sem esquecer dos elementos tradicionais.
O problema da água está relacionado com fatores ambientais e
climáticos;
A contaminação atmosférica tem relação íntima com a ação
destrutiva do homem, sendo de suma importância estudos como, por exemplo, o da
chuva ácida;
O desmatamento não é causado por fatores climáticos, mas
acaba tendo influência direta sobre a população, no que se refere a inundações
causadas por ele, e a diminuição da evapotranspiração, que é feita pelas
plantas, o que consequentemente diminui a quantidade de água na atmosfera.
O clima é um resultado complexo de diversas variáveis
definidas a partir de fatores climatológicos.
A Climatologia é um ramo da Geografia, sendo matéria e
assunto pertinente à grade dos cursos de geografia de todo o mundo. A
Meteorologia estuda mais diretamente o tempo, e a Climatologia o clima.
Ao geógrafo interessa os três quilômetros inferiores da
atmosfera, que sofre influência mais direta da litosfera, dos oceanos, da
radiação solar, e é de grande interesse para as populações humanas. Cabe a ele
também isolar os elementos a fim de entender melhor o conjunto deles.
Existe um confronto ideológico entre a Geografia e a
Meteorologia, mas a Climatologia faz parte de ambas as áreas.
É importante compreender a noção de ritmo para entender a
mudança de enfoque da climatologia - introduzida por Monteiro, em 1971 -, que
busca análises, ao menos diárias, do tempo, para assim considerar a análise
geográfica de um lugar.
O CLIMA
O clima é o conjunto de variações na atmosfera em um
determinado local ou região. Trata-se de uma dinâmica que dura um período
superior a 30 anos, diferentemente do tempo, que são as oscilações momentâneas
nessa mesma atmosfera. Por exemplo, quando dizemos que uma região possui duas
estações bem definidas ao longo do ano, estamos falando do clima, mas ao
falarmos que hoje choveu e amanhã vai fazer sol, estamos nos referindo ao
tempo.
Nesse sentido, o clima pode ser compreendido a partir de
seus fatores e elementos, termos que, aparentemente semelhantes, referem-se a
questões totalmente diferentes.
Os elementos climáticos são as grandezas atmosféricas que
podem ser medidas ou instantaneamente mensuradas. São os elementos atmosféricos
que variam no tempo e no espaço e que se configuram como o atributo básico para
se definir o clima da região. Os principais elementos climáticos são: radiação,
temperatura, pressão e umidade.
Os fatores climáticos são as condições que determinam ou
interferem nos elementos climáticos e os climas deles resultantes. São eles que
ajudam a explicar o porquê de uma região ser quente e úmida e outra ser fria e
seca, por exemplo. Os principais fatores climáticos são: latitude, altitude,
maritimidade e continentalidade, massas de ar, vegetação, correntes marítimas e
até o relevo.
Elementos climáticos
a) radiação: a radiação climática, em linhas gerais, pode
ser definida como todo o calor recebido pela atmosfera, a maior parte advinda
do sol, mas que também recebe a influência dos seres vivos e dos elementos
naturais e artificiais que refletem o calor já existente. A radiação solar
manifesta-se em diferentes tons de intensidade ao longo do planeta, o que
contribui para a formação das chamadas zonas térmicas ou climáticas da Terra.
b) temperatura: é a mensuração do calor na atmosfera,
podendo ser medida em graus celsius (ºC) ou em outras unidades de medida, como
fahrenheit (ºF) e o kelvin (K).
c) pressão atmosférica: é o “peso” ou “força” exercidos pelo
ar sobre a superfície, pois, ao contrário do que muitas pessoas pensam, o ar
possui massa e, consequentemente, peso. A pressão atmosférica costuma ser
medida em milibares (mb).
d) umidade: é a quantidade de água em sua forma gasosa
presente na atmosfera. Temos, assim, a umidade absoluta (quantidade total de
água na atmosfera) e a umidade relativa do ar (quantidade de água na atmosfera
em relação ao total necessário para haver chuva).
Fatores Climáticos
a) latitude: está intrinsecamente ligada às diferenças da
radiação solar sobre a Terra. Assim, quanto mais próximo à Linha do Equador
(baixas latitudes), mais as temperaturas tendem a aumentar. Por outro lado, à
medida que nos direcionamos rumo às zonas polares (altas latitudes), menores
tendem a ser as temperaturas.
b) altitude: em regiões mais altas, a pressão atmosfera
costuma ser menor, além do fato de a irradiação também ser mais diminuta. Assim
a temperatura costuma ser inferior, o que nos faz concluir que quanto maior a
altitude, menores as temperaturas e, quanto mais próximo ao nível do mar,
maiores as temperaturas.
Regiões mais altas costumam ser mais frias
c) maritimidade ou continentalidade: são termos que
designam, respectivamente, a proximidade de um local do mar ou a sua posição em
uma região mais continental, o que interfere diretamente sobre o clima. Isso
ocorre porque o solo costuma se aquecer ou se resfriar mais rapidamente do que
a água, o que acarreta uma maior amplitude térmica (diferença entre a maior e
menor temperatura) ao longo do ano em regiões continentais e o inverso em
regiões litorâneas.
d) massas de ar: em função das diferenças de pressão
atmosférica, temos a movimentação do ar. Quando esse movimento ocorre em blocos
de ar com a mesma temperatura e umidade, formam-se as massas de ar, que
transferem suas características para o clima dos locais por onde passam. Massas
de ar frio e úmido, por exemplo, são responsáveis por diminuírem as
temperaturas e aumentarem a umidade. O encontro entre duas massas diferentes
forma as frentes de ar.
e) vegetação: interfere no clima de várias formas
diferentes. As principais delas são a contenção ou absorção dos raios solares,
minimizando os seus efeitos, e a elevação da umidade por meio da evapotranspiração,
o que ajuda a diminuir as temperaturas e elevar os índices de chuva.
f) relevo: também influencia o clima quando as regiões mais
altas impedem a passagem de massas de ar, fazendo com que algumas regiões se
tornem mais secas ou até desérticas.
g) correntes marítimas: apresentam condições específicas de
temperatura, influenciando diretamente o clima. Em regiões em que o mar é mais
quente, por exemplo, a evaporação aumenta e eleva a umidade, que se dispersa
para outras regiões. Quando as correntes são mais frias, a umidade local
diminui e a pressão atmosférica e a umidade passam a ser menores, o que faz com
que essa região acabe “sugando” as massas de ar de outras localidades, que
passam a sofrer alterações em seus climas.
Além de todos esses fatores, que são os de ordem natural,
também é preciso lembrar que o homem acaba se tornando um dos agentes mais
intensos de transformação do clima. Ele pode ser responsável tanto por
fenômenos climáticos mais localizados (ilhas de calor, inversão térmica e
outros) quanto por processos mais amplos e diversificados.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
PENA, Rodolfo F. Alves. "Fatores e elementos climáticos"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/fatores-elementos-climaticos.htm. Acesso em 25 de agosto de 2020.
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